3 de novembro de 2010

Cronologia Feminista

Fazer um discurso nada feminista é uma tarefa árdua depois de quase 150 anos da talvez primeira grande manifestação organizada de mulheres contra a escravidão nos EUA e a favor do voto feminino em 1851, liderada por Susan Brownell Anthony e de Elizabeth Cady Stanton. Era a primeira atitude de libertação sem medo, democrática e de afronta inimaginável à sociedade cheia de tradições, tendo como responsáveis duas mulheres.
Os pouco mais de 400 mil votos arrecadados durante a Guerra Civil expressaram o descontentamento de uma grande parte da sociedade para tamanha desigualdade. Essa atitude premeditada e cheia de consciência igualitária das duas mulheres abria caminho para a inserção lenta e gradual do novo papel da mulher nas sociedades, abrindo também a mente feminina para uma capacidade de independência nunca antes imaginada, ainda mais pela conquista da emenda do voto em 1869, no estado americano de Wyoming. Ao passar dos anos, enquanto as mulheres conquistavam seus direitos e buscavam uma imagem perfeita, nascia na Bélgica o exemplo de superação e humanismo Audrey Hepburn.


Em 1939, a luta feminista na Guerra Civil norte americana foi imortalizada por Vivien Leigh dando vida à doce Scarlett O’Hara, garota determinada e com atitudes e idéias revolucionárias para sua época, passando por desafios sentimentais e econômicos pelos quais nenhuma mulher normal poderia, aparentemente, se salvar sozinha. A nova imagem da mulher construía padrões dentre as jovens garotas que queriam mudar o lugar em que viviam.
‘Agora é a minha vez, é a nossa vez!’ Diria Twiggy ao lado de Brigitte Bardot, que usava o primeiro biquíni aos olhares públicos, numa manhã de 1956 – era a explosão dos hormônios da revolução. De fato as mulheres encontraram seu lugar; não tinham mais medo de recriar o lugar onde viviam, de explorar sua imagem ou abordar temas antes condenados; era a confirmação do fim de uma era de submissão sexual e doméstica ao sexo masculino e o início da demonstração do conteúdo íntimo feminino – do poder de escolha, de trabalho e de liderança; do poder de igualdade e de independência.
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Atualmente, mulheres com atitudes extremas vem conquistando os aplausos populares; algumas saem por aí desfilando com uma lagosta na cabeça, outras criam clipes de músicas-protesto sem medo de ser feliz, impressionam o mundo com o seu estilo exótico repleto de conceito (lê-se Anna Dello Russo), ou ainda são eleitas por mais de 50 milhões de votos para ser a primeira governanta de um país anteriormente liderado apenas por homens. Não precisamos ser tão extremistas ou exóticos assim, basta apenas abrir a cabeça para o ‘novo’. Alô machistas?!

Imagens - reprodução

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